BRASÍLIA - O governador Agnelo Queiroz rechaça a ideia de que há uma intervenção branca em sua gestão, sustentando que ele próprio chamou os petistas para reforçar sua equipe. Sobre suspeitas de seu envolvimento em esquemas de corrupção, diz que são denúncias velhas.
O GLOBO: Seu governo está mal avaliado e o sr. tem sido alvo de denúncias. Como avalia esse quadro?
AGNELO QUEIROZ: Peguei um governo destruído, uma verdadeira tragédia administrativa. Áreas fundamentais de saúde, educação e segurança, todas abandonadas. Mudamos administrativamente o DF. Não há uma única denúncia consistente contra o GDF. Aponte uma única prática do passado que continue aqui. Aqui é rigor absoluto, porque este é um governo que não rouba e não deixa roubar.
E as denúncias contra o senhor?
AGNELO: O esquema de corrupção era generalizado e sistêmico. Enfrentamos isso e tenho vários adversários por ter feito isso. Os ataques que aconteceram foram pessoais, para me desestabilizar. Derrotamos uma organização criminosa, mas não tem ninguém preso, estão todos aí articulando, fazendo tudo no submundo, montam espionagem, dossiê, compram depoimento.
Tem conversado com Lula? O PT se preocupa com a situação de Brasília?
AGNELO: Quem me alertou que eu pegaria a pior situação do Brasil foi o Lula. Tenho relação pessoal com ele, carinho, não é só relação política. O partido tem preocupação e não seria diferente.
E com a presidente Dilma, tem se encontrado? O governo federal tem ajudado?
AGNELO: Eu me encontro sempre com ela. Se não fosse a Dilma e o governo federal, eu dificilmente estaria dizendo que superei as maiores dificuldades em um ano.
Há uma leitura entre petistas de que a ida de dois quadros do governo federal para sua equipe é uma espécie de intervenção branca...
AGNELO: Esse petista não é a Dilma, é absolultamentedissociado da realidade daqui. O Berger está vindo para cuidar da gestão do governo que estava junto com outra secretaria. Ele é um grande conhecedor da realidade local e meu companheiro de 30 anos. Fiz um grande esforço para trazê-lo, o que contradiz essa interpretação. O Luiz Paulo se tornou um grande amigo, é de Brasília. Jamais a presidente Dilma faria isso. Quem fez essa análise não a conhece. E seria inaceitável se eventualmente tivesse (a intervenção branca).
FONTE: Agência O Globo
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