Professores da zona rural do Paranoá decidiram ficar em sala.
No fim da tarde desta terça (13), governo se reúne com grevistas.
A greve dos professores começou nesta segunda-feira (12), depois de decisão tomada em assembleia na última sexta (9), e já resulta em reclamações dos pais dos estudantes. A rede pública de ensino do Distrito Federal possui cerca de 550 mil alunos.
A Secretaria de Educação estima que aproximadamente 30% do quadro de mais de 28 mil professores esteja parado. Já o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), cerca de 70% dos docentes aderiram à greve.
O servidor público Agnaldo Almeida tem um filho que cursa o segundo ano do ensino médio numa escola pública de Ceilândia. Para ele, a greve foi decretada em momento inadequado.
"Eu acredito que todo mundo tem direito de reivindicar, mas a hora foi inadequada. Nem começou o ano letivo direito e os meninos já vão ficar atrasados", disse. Almeida acredita que, mesmo com a reposição de aula aos sábados ou nas férias, os alunos da rede pública ficarão com o conteúdo prejudicado.
A dona de casa Francinete de Sousa, mãe de um aluno do sétimo ano de uma colégio também em Ceilândia, pede uma solução das autoridades. “Eu quero que o governo decida o que vai fazer para os professores voltarem logo. A gente quer ver os filhos da gente estudando”, afirmou Francinete.
Em sala
Na Escola Classe Sobradinho dos Melos, na zona rural do Paranoá, cidade a cerca de 25 quilômetros de Brasília, todos os professores estão em sala.
A dona de casa Francinete de Sousa, mãe de um aluno do sétimo ano de uma colégio também em Ceilândia, pede uma solução das autoridades. “Eu quero que o governo decida o que vai fazer para os professores voltarem logo. A gente quer ver os filhos da gente estudando”, afirmou Francinete.
Em sala
Na Escola Classe Sobradinho dos Melos, na zona rural do Paranoá, cidade a cerca de 25 quilômetros de Brasília, todos os professores estão em sala.
Na escola, que atrasou o início do ano letivo por estar sem ônibus para transportar os alunos das áreas mais afastadas, as aulas já estão com conteúdo atrasado. Mesmo com a presença de apenas cerca de 20% dos estudantes, por causa da continuidade do problema com o transporte, os dez professores da instituição não aderiram à greve.
De acordo com a professora Rúbia Pires, quem dá aula na zona rural sofre mais com a adesão à greve por causa do desgaste para ter que repor as aulas. Ela diz que para eles é mais complicado ter que se deslocar até a escola aos sábados, porque precisam percorrer longas distâncias.
"Não posso ficar de braços cruzados. Já estou com trabalho atrasado e vou ter que cumprir os 200 dias letivos independente do que aconteça. Eu priorizo meu alunos e meu bem-estar", disse a professora, que sempre atuou em escolas rurais.
Reunião
Representantes do Sinpro-DF se reúnem no fim da tarde desta terça-feira (13) com os secretários de Administração Pública, Wilmar Lacerda, e de Educação, Denilson Bento. De acordo com Lacerda, o governo vai oferecer a implantação de um plano de saúde a partir de julho e o aumento do ticket alimentação.
"Tanto o plano de saúde quanto o ticket de alimentação não entram na lei de responsabilidade fiscal, portanto a gente analisa essas possibilidades. É verdade que temos que tirar recursos de investimento e custeio para passar para esse ticket”, declarou o secretário.
Para a diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, a expectativa é que o governo resolva o impasse do movimento grevista. "O que nós esperamos é que, de fato, o governo demonstre disposição para resolver o problema. Dessa forma, o governo pode evitar um prejuízo maior", disse Rosilene.
"Não posso ficar de braços cruzados. Já estou com trabalho atrasado e vou ter que cumprir os 200 dias letivos independente do que aconteça. Eu priorizo meu alunos e meu bem-estar", disse a professora, que sempre atuou em escolas rurais.
Reunião
Representantes do Sinpro-DF se reúnem no fim da tarde desta terça-feira (13) com os secretários de Administração Pública, Wilmar Lacerda, e de Educação, Denilson Bento. De acordo com Lacerda, o governo vai oferecer a implantação de um plano de saúde a partir de julho e o aumento do ticket alimentação.
"Tanto o plano de saúde quanto o ticket de alimentação não entram na lei de responsabilidade fiscal, portanto a gente analisa essas possibilidades. É verdade que temos que tirar recursos de investimento e custeio para passar para esse ticket”, declarou o secretário.
Para a diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, a expectativa é que o governo resolva o impasse do movimento grevista. "O que nós esperamos é que, de fato, o governo demonstre disposição para resolver o problema. Dessa forma, o governo pode evitar um prejuízo maior", disse Rosilene.
FONTE: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/03/pais-de-alunos-reclamam-da-greve-dos-professores-do-distrito-federal.html
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