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terça-feira, 13 de março de 2012

Pais de alunos reclamam da greve dos professores do Distrito Federal

Professores da zona rural do Paranoá decidiram ficar em sala.
No fim da tarde desta terça (13), governo se reúne com grevistas.


A greve dos professores começou nesta segunda-feira (12), depois de decisão tomada em assembleia na última sexta (9), e já resulta em reclamações dos pais dos estudantes. A rede pública de ensino do Distrito Federal possui cerca de 550 mil alunos.
A Secretaria de Educação estima que aproximadamente 30% do quadro de mais de 28 mil professores esteja parado. Já o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), cerca de 70% dos docentes aderiram à greve.
O servidor público Agnaldo Almeida tem um filho que cursa o segundo ano do ensino médio numa escola pública de Ceilândia. Para ele, a greve foi decretada em momento inadequado.
"Eu acredito que todo mundo tem direito de reivindicar, mas a hora foi inadequada. Nem começou o ano letivo direito e os meninos já vão ficar atrasados", disse. Almeida acredita que, mesmo com a reposição de aula aos sábados ou nas férias, os alunos da rede pública ficarão com o conteúdo prejudicado.

A dona de casa Francinete de Sousa, mãe de um aluno do sétimo ano de uma colégio também em Ceilândia, pede uma solução das autoridades.  “Eu quero que o governo decida o que vai fazer para os professores voltarem logo. A gente quer ver os filhos da gente estudando”, afirmou Francinete.

Em sala
Na Escola Classe Sobradinho dos Melos, na zona rural do Paranoá, cidade a cerca de 25 quilômetros de Brasília, todos os professores estão em sala.
Na escola, que atrasou o início do ano letivo por estar sem ônibus para transportar os alunos das áreas mais afastadas, as aulas já estão com conteúdo atrasado. Mesmo com a presença de apenas cerca de 20% dos estudantes, por causa da continuidade do problema com o transporte, os dez professores da instituição não aderiram à greve.
De acordo com a professora Rúbia Pires, quem dá aula na zona rural sofre mais com a adesão à greve por causa do desgaste para ter que repor as aulas. Ela diz que para eles é mais complicado ter que se deslocar até a escola aos sábados, porque precisam percorrer longas distâncias.

"Não posso ficar de braços cruzados. Já estou com trabalho atrasado e vou ter que cumprir os 200 dias letivos independente do que aconteça.  Eu priorizo meu alunos e meu bem-estar", disse a professora, que sempre atuou em escolas rurais.

Reunião
Representantes do Sinpro-DF se reúnem no fim da tarde desta terça-feira (13) com os secretários de Administração Pública, Wilmar Lacerda, e de Educação, Denilson Bento. De acordo com Lacerda, o governo vai oferecer a implantação de um plano de saúde a partir de julho e o aumento do ticket alimentação.

"Tanto o plano de saúde quanto o ticket de alimentação não entram na lei de responsabilidade fiscal, portanto a gente analisa essas possibilidades. É verdade que temos que tirar recursos de investimento e custeio para passar para esse ticket”, declarou o secretário.

Para a diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, a expectativa é que o governo resolva o impasse do movimento grevista. "O que nós esperamos é que, de fato, o governo demonstre disposição para resolver o problema. Dessa forma, o governo pode evitar um prejuízo maior", disse Rosilene.
FONTE: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/03/pais-de-alunos-reclamam-da-greve-dos-professores-do-distrito-federal.html

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