Governador disse que existe uma 'intransigência brutal' da categoria. Policiais reivindicam 13% de reposição salarial e novos concursos.
O governador Agnelo Queiroz anunciou nesta quinta-feira (24) que vai suspender o pagamento dos policiais civis do Distrito Federal, em greve há 35 dias.
"É o corte de ponto que tem que ser feito rigorosamente. Não posso admitir que uma categoria que tem um salário inicial de R$ 7 mil, a maioria ganha R$ 15 e R$ 20 mil, possa ter uma intransigência brutal dessa" disse o governador.
O secretário de Administração, Wilmar Lacerda, fez contato, por telefone, com o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, e o diretor da Polícia Civil, Onofre Moraes, pedindo que os grevistas tivessem o ponto cortado.
Nesta quinta, a Corregedoria da Polícia Civil afastou o policial fotografado pelo jornal "Correio Braziliense" chutando um carro durante a passeata da categoria realizada na Esplanada dos Ministérios nesta terça.
Durante a manifestação, os policiais fecharam por cerca de duas horas todas as pistas que cortam a Esplanada. Em assembleia, eles decidiram manter a greve iniciada no dia 27 de outubro, apesar de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cesar Peluzo, ter considerado a paralisação ilegal, em decisão anunciada na noite de segunda-feira (21).
Reivindicações
Entre as reivindicações da categoria estão o aumento do quadro de servidores e reposição salarial de 13%. O novo diretor da Polícia Civil, Onofre Moraes, afirmou, porém, que os policiais não terão o aumento. A Secretaria de Segurança Pública informou que está avaliando a decisão dos policiais.
A categoria também pede reestruturação do plano de carreira e o pagamento de dívidas trabalhistas. O Sinpol estima que existam 200 cargos vagos de agente e 50 de escrivão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol DF), Ciro de Freitas, o DF tem 4,8 mil policiais, quando o ideal seria o dobro. Freitas disse que o acordo feito com o DF no primeiro semestre foi cumprido parcialmente, com o pagamento de parte das dívidas trabalhistas.
O presidente do sindicato afirmou que os policias vão manter atendimento básico à população, com 30% do efetivo trabalhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário