Tem gente querendo fazer "média" e ficar bem com a mídia na aprovação em 1º turno, por 65 votos a 7 no Senado, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que torna obrigatório o diploma para o exercício da função de jornalista. Associam a aprovação à defesa que fazemos - nós, o PT e o governo - da regulação da mídia.
Regulação que insistem em chamar de controle. Francamente, invocar a liberdade de expressão e de imprensa (sagrada até pela nossa Constituição, portanto inviolável) para se opor a exigência da obrigatoriedade do diploma para o exercício da função de jornalista é de um provincianismo e oportunismo sem limites.
Beira à demagogia e ao oportunismo! Fazer isso é agir como se a exigência de diplomas fosse um atentado ao livre exercício das profissões e ao funcionamento do mercado. Descambar para esta exploração é atuar como se regulação fosse um atentado à propriedade.
Barões querem sindicatos fracos e jornalistas não sindicalizados
Não há nada mais atrasado em pleno século XXI! E, vejam bem, analiso e debato com vocês sem entrar no mérito da questão, sem concordar ou discordar com a obrigatoriedade do diploma que, para mim - e isso está mais do que evidente - é outra discussão.
Não estou discutindo se os jornalistas são favoráveis, e que os donos, os proprietários da mídia são contra. Estes são contra porque abominam, rejeitam mesmo toda e qualquer regulação de seu negócios (é o que a imprensa é para eles) e de suas empresas. Os barões da mídia querem sindicatos fracos e jornalistas não sindicalizados, para poder demitir ao seu bel prazer.
Como fazem agora - a Folha, há pouco mais de uma semana, demitiu 10% de sua redação - para contratar outros com salários cada vez mais baixos e para impor aos jornalistas a pauta e a agenda que decidem e querem. De acordo com as suas conveniências políticas e, como eu disse, com os interesses de seu "negócio.
Retirado de: http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=13948&Itemid=2
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