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Brasília não pode mais sofrer com a triste história que tomou conta da alma de seu povo e das páginas policiais, durante os últimos governos. Nossas postagens tem compromisso com esse povo e com sua história.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Quanto mais João Dias se explica, mais se complica

Policial militar convoca entrevista coletiva para elucidar motivos que o levaram a invadir o Palácio do Buriti na última quarta-feira, mas, questionado sobre motivo do pretenso "cala-a-boca" de R$ 200 mil, preferiu calar


Depois de passar a quinta-feira preso, o policial militar João Dias convocou entrevista coletiva na noite desta sexta-feira para se explicar. O soldado prometia elucidar tudo que ocorreu desde o domingo, quando teria recebido R$ 200 mil, até a tarde de quarta-feira, quando invadiu o gabinete do secretário de governo Paulo Tadeu para pretensamente devolver a propina. Mas, questionado sobre o motivo do tal “cala-a-boca”, o acusador preferiu calar.

Dias não disse qualquer palavra sobre o possível envolvimento do governador Agnelo Queiroz e de Paulo Tadeu em esquemas de corrupção. Em uma sala recheada de jornalistas, o PM demonstrou tranquilidade, mas se evadiu das perguntas mais importantes. Detalhes por parte dos soldados apenas sobre os motivos que o levaram a ficar com a tal propina durante três dias antes de devolver. “Na segunda e na terça-feira estive renovando a minha licença médica na polícia, que estava vencida”, disse.

Na versão do PM, ele entrou normalmente, como qualquer pessoa, no Palácio do Buriti. Deixou o documento de identidade na entrada, como todo mundo, e foi orientado pelos seguranças sobre como chegar à secretaria de governo. Lá, ele se desentendeu com uma subsecretária e recebeu um tapa da moça. Dias também teria recebido uma pancada no rosto com um grampeador antes de reagir.

Depois de preso, o soldado disse que os policiais responsáveis por sua tutela queriam abafar o caso e não pretendiam nem levá-lo à delegacia. Dias teve de ligar para um colega major para garantir que o procedimento fosse feito da forma correta. Durante a entrevista, o soldado aproveitou para cobrar o governo sobre o sumiço de R$ 41 mil da bolsa que ele levou para o Buriti. Segundo o PM, as notas, que totalizavam R$ 200 mil, estavam divididas em vários maços de valores diferentes identificados por anotações feitas a caneta. Para Dias, será fácil rastrear o autor das contas pela ortografia.

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