Um delegado com experiência em investigações, respeito dos colegas, passado limpo, leal com a cúpula do Executivo, diplomático e sem vinculações políticas. Esse é o perfil que o governador Agnelo Queiroz (PT) busca para o próximo diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal. Não basta um técnico, ou seja, que tenha qualificação para comandar a classe e tomar decisões estratégicas sobre a área de segurança pública. O número um da corporação precisa ter também um atributo essencial: a habilidade para impedir novas crises que prejudiquem os trabalhos nas delegacias, diretorias e departamentos especializados e no funcionamento do governo.
A dificuldade de encontrar alguém com essas características adiou o anúncio do sucessor de Onofre de Moraes, que ocorreria ontem. Agnelo prefere analisar com mais cautela os currículos e a ficha profissional dos concorrentes para tomar a decisão que considerar mais acertada. Ele não quer ninguém com potencial para produzir escândalos ou que se torne alvo de ataques de colegas ou de deputados da bancada da segurança pública na Câmara Legislativa. Muito menos um delegado que possa se tornar refém de seu passado. É possível que o governador nunca encontre um nome que reúna todas essas características, mas busca alguém próximo do perfil ideal.
Durante todo o dia de ontem, houve variações na bolsa de apostas sobre quem seria o escolhido, com crescimento e queda nas chances dos concorrentes. Entre os mais cotados estavam o subsecretário do Sistema Penitenciário, Cláudio Moura Magalhães, e o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, Eric Seba. Os dois integram uma lista tríplice eleita pela Associação dos Delegados de Polícia do DF (Adepol) e encaminhada ao Executivo como indicações da categoria para a substituição de Onofre. O mais votado nessa seleção foi o delegado Jorge Luiz Xavier, da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Ele também está no páreo. Corre por fora o delegado Maurílio de Moura Lima Rocha, chefe da Segurança Institucional da Câmara Legislativa. De Ana Maria Campos e Ricardo Taffner
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